Um homem de 30 anos foi encontrado morto e engolido por uma píton de sete metros na região de North Luwu, na Indonésia. Peco, como era conhecido, tinha três filhos, e trabalhava numa plantação de palmeiras na vila de Malimbu, distrito de Sabbang. Segundo informações da imprensa local, a vítima foi até a área em que trabalhava para coletar seiva que seria usada na produção de açúcar mascavo pouco depois de anoitecer nesta terça-feira.
No local, Peco foi atacado pela serpente, que se enrola ao corpo da vítima, usa a constrição para sufocar a presa e em seguida a devora por completo. Ao notar que o cunhado não voltou para casa, Wawan saiu para procurá-lo e encontrou a cobra com o corpo “inchado”, como se tivesse acabado de se alimentar. O homem alertou vizinhos que chegaram no local e cortaram o animal, revelando o corpo de Peco.
À imprensa local, Wawan expressou incredulidade e afirmou que Peco era experiente e conhecia os riscos das cobras na região. O corpo de Peco foi removido do local e levado para uma funerária, onde será cremado. Ele deixa esposa e três filhos.
A Indonésia, um arquipélago no sudeste asiático, abriga algumas das maiores pítons do mundo. Suas vastas florestas fornecem habitats ideais para esses predadores. No entanto, o desmatamento causado pela expansão de plantações de palma e borracha tem levado a um aumento nos ataques de cobras a humanos nos últimos tempos.
Encontrado em uma enorme variedade de produtos que variam desde cosméticos, biocombustíveis, alimentos, sobremesas e produtos de limpeza, o óleo de palma é a gordura vegetal mais consumida no planeta.
Ainda que seja o mais eficiente a se cultivar por ocupar menos espaço para ser produzido, segundo a World Wild Life, a exploração desenfreada dos recursos para extrair o óleo de palma ameaça o habitat de espécies do sudeste asiático, como as pítons reticuladas.
Os ataques crescentes de cobras da espécie na Indonésia seriam atribuídos, então, à proximidade que as serpentes passaram a ter das pessoas na cidade, com o desmatamento e a exploração de áreas tropicais na extração de óleos. Além disso, os incidentes também são facilitados pelo encontro dos trabalhadores com os animais durante as jornadas de extrativismo dentro das florestas.
*VIA O GLOBO