A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que amplia de 513 para 531 o número de parlamentares. A mudança, baseada nos dados do Censo 2022 e determinada pelo STF, beneficiará Goiás com mais uma vaga — de 17 para 18 deputados federais. A proposta agora segue para o Senado e, se aprovada sem alterações, valerá já para as eleições de 2026.
A decisão atende à exigência do Supremo, que, após décadas de omissão do Congresso, obrigou a redistribuição das cadeiras conforme a população atual. A medida evita a retirada de vagas de estados menos populosos, optando por aumentar o total de parlamentares.
Cada nova cadeira representa um custo anual estimado de R$ 3,6 milhões. Com isso, o gasto da bancada goiana pode subir de R$ 61,2 milhões para R$ 64,8 milhões. Embora a Câmara tenha um orçamento de R$ 8 bilhões em 2024, a ampliação representa mais pressão sobre os cofres públicos.
O impacto pode se estender à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que, seguindo a proporcionalidade com a bancada federal, deve passar de 41 para 42 deputados. Isso exigirá nova legislação estadual e aumentará as despesas locais.
A proposta dividiu a bancada goiana: 8 deputados votaram a favor, 7 contra e 2 não registraram voto. A deputada Adriana Accorsi (PT) criticou o projeto por inflar a Câmara em vez de redistribuir proporcionalmente. Já Glaustin da Fokus (Podemos) defendeu a medida como forma de fortalecer a representatividade política do estado.
No Senado, Jorge Kajuru (PSB) já declarou voto contrário. Vanderlan Cardoso (PSD) e Wilder Morais (PL) ainda não se posicionaram.